O GIBIRAMA 2025 tem a honra de homenagear o artista gráfico Jô Oliveira, um dos nomes mais importantes da ilustração, dos quadrinhos e da cultura visual brasileira. Nascido na Ilha de Itamaracá (PE), viveu a infância em Campina Grande (PB) e a adolescência em Aquidauana e Ponta Porã (MS). Formou-se na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e morou por seis anos em Budapeste, Hungria, onde estudou desenho animado no Stúdió Pannónia e se formou em Artes Gráficas na Academia Húngara de Artes Aplicadas (atualmente Universidade Moholy-Nagy de Arte e Design).

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Sua carreira internacional começou nos anos 1970, com publicações de livros e quadrinhos na Itália, França e Alemanha. Seus trabalhos também foram editados na Espanha, Grécia, Sérvia, Dinamarca, Argentina e Brasil, e já participaram de exposições de ilustração em diversos países. Entre suas obras mais emblemáticas está O Homem de Canudos, publicada originalmente na Itália em 1979, pela editora CEPIM/Sergio Bonelli Editore. A HQ integrou a prestigiada coleção Un Uomo, Una Avventura (Um Homem – Uma Aventura), ao lado de autores como Hugo Pratt, Dino Battaglia e Guido Crepax. Jô Oliveira foi o único brasileiro convidado a participar da coleção, ilustrando um roteiro de Wanderley Diniz, que, curiosamente, não foi creditado na edição italiana. A obra ganha, agora, sua primeira edição brasileira, pela Trem Fantasma em parceria com a LuoroBuono Fumetti, com extras inéditos e capa exclusiva feita por Jô especialmente para esta publicação.

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Além dos quadrinhos e livros, Jô também se destacou como desenhista de selos postais, tendo criado mais de 50 peças filatélicas para os Correios do Brasil. Recebeu quatro vezes a medalha Olho de Boi, por melhor selo do país, e foi duas vezes premiado com o título de Melhor Selo do Mundo, na cidade de Asiago, Itália. Entre outros reconhecimentos, recebeu o Prêmio Tucuxi de Ilustração, o Troféu Carlos Estevão de Humor e, em 2004, o Prêmio Grande Mestre dos Quadrinhos, durante o Troféu HQMIX.

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Apaixonado pela cultura popular brasileira, Jô Oliveira imprime em sua obra referências do cordel, da xilogravura, do mamulengo e de outras manifestações do folclore nordestino, celebrando o Brasil profundo com traços únicos e inconfundíveis.